
Mesmo com três instituições de ensino superior no município, o número de adolescentes e jovens que deixam a cidade para estudar é cada vez maior. Segundo o IBGE, cerca de 32,6% dos alunos matriculados em uma instituição de ensino superior estudam em uma cidade diferente da que vivem. Não seria diferente então com Goiás Velho, que mesmo com campus das três das maiores universidades públicas do estado - UFG, IFG e UEG - a pouca gama de cursos é um fator decisivo.
“Eu me mudei pois o curso que eu queria estudar (Odontologia) não tinha na Cidade de Goiás. Foi bem difícil a mudança, sair da zona de conforto e enfrentar os problemas sozinho é complicado. Me mudei de estado por causa da minha nota, já que consegui minha aprovação no ProUni, mas somente em Uberlândia. A saudade da família e dos amigos é muito grande, mas a gente aprende a lidar quando pensa que tudo isso é pro nosso próprio bem.” diz Eduardo Nunes de Medeiros, de 21 anos e estudante de Odontologia em Uberlândia, Minas Gerais (cerca de 500 km de distância).
E apesar da ligação emocional e até material que muitos possuem com a cidade, retornar nem sempre se torna uma opção viável. Com apenas 22.381 habitantes - população estimada de 2020 pelo IBGE - as oportunidades de emprego e variedade de áreas de atuação não são atraentes para a maioria. Segundo Eduardo, retornar para Goiás não é sua primeira opção, já que planeja sua residência em hospitais de urgência, estrutura que a cidade não possui.
“Eu amo a cidade de Goiás, mas vejo muita comodidade. A pessoa se contenta com aquilo que ganha e se estaciona, não procura nada a mais. Eu quero estar sempre me atualizando.” Finaliza o graduando em Odontologia.
“Sai da cidade para estudar. Primeiro fiz cursinho e depois passei na Federal de Jataí e fui morar lá, me adaptei bem com a cidade pois apesar de ser grande, tinha um ar de interior. No início não senti tanta falta de casa, pois era algo novo e empolgante, mas com o tempo a saudade da família, amigos e da terrinha foi apertando! Nenhuma cidade chega aos pés da nossa tão amada Vila Boa.” relata Isabella Cristina, que atualmente cursa o 6° período de enfermagem em Jataí, que fica a cerca de 455 km daqui.
É possível dizer que em Goiás, existe a oferta de cursos superiores pela Universidade Federal de Goiás (UFG) que oferece, por exemplo, os cursos de Administração, Arquitetura e Urbanismo, Direito, Filosofia (Bacharelado e Licenciatura), Educação do Campo - Ciências da Natureza e Serviço Social. Já na Universidade Estadual de Goiás (UEG), são ofertados os cursos na modalidade Licenciatura em Geografia, História, Letras (Português/Inglês) e Matemática, e em Turismo e Patrimônio na modalidade Bacharelado.
O Instituto Federal de Goiás, porém, mesmo com menos cursos, abrange novas áreas de conhecimentos e conta com a metodologia de cursos técnicos integrados ao ensino médio - onde o aluno além de receber a formação base do ensino médio, recebe também a formação e habilitação profissional. Mas se tratando em formações ao nível superior, existe a oferta dos cursos Agronomia e Cinema e Audiovisual, e Artes Visuais (Licenciatura).
Dessa forma, as 14 opções de graduação na cidade se distribuem em 5 áreas distintas do conhecimento, sendo elas: Direito, Administração, Serviço Social e Turismo (Ciências Sociais Aplicadas), Letras e Cinemas ( Lingüística, Letras e Artes), Filosofia, História e Geografia (Ciências Humanas), Agronomia (Ciências Agrárias) e Matemática (Ciências Exatas e da Terra).
Após terminar o ensino médio na cidade, Emmanuel de Paula decidiu se mudar para a capital do estado, e ingressou na Universidade Federal de Goiás em 2019, no curso de Ciências da Computação.
“Escolhi me mudar porque quando eu estava terminando o ensino médio, em 2018, eu queria cursar Ciências da Computação, que não tem na cidade como vários outros cursos. Então me mudei para Goiânia já que aqui têm a opção de Ciências da Computação na UFG, aí eu poderia fazer o curso que queria e seguir na área de estudo.” - Emmanuel de PaulaExistem diversos pontos que influenciam ao tomar a decisão de estudar fora, decisão que deve ser tomada com cautela e ponderância: a distância da família, fatores emocionais e de saúde mental, financeiros, e é claro, a aprovação em uma instituição superior.
“Eu me mudei pois o curso que eu queria estudar (Odontologia) não tinha na Cidade de Goiás. Foi bem difícil a mudança, sair da zona de conforto e enfrentar os problemas sozinho é complicado. Me mudei de estado por causa da minha nota, já que consegui minha aprovação no ProUni, mas somente em Uberlândia. A saudade da família e dos amigos é muito grande, mas a gente aprende a lidar quando pensa que tudo isso é pro nosso próprio bem.” diz Eduardo Nunes de Medeiros, de 21 anos e estudante de Odontologia em Uberlândia, Minas Gerais (cerca de 500 km de distância).
E apesar da ligação emocional e até material que muitos possuem com a cidade, retornar nem sempre se torna uma opção viável. Com apenas 22.381 habitantes - população estimada de 2020 pelo IBGE - as oportunidades de emprego e variedade de áreas de atuação não são atraentes para a maioria. Segundo Eduardo, retornar para Goiás não é sua primeira opção, já que planeja sua residência em hospitais de urgência, estrutura que a cidade não possui.
“Eu amo a cidade de Goiás, mas vejo muita comodidade. A pessoa se contenta com aquilo que ganha e se estaciona, não procura nada a mais. Eu quero estar sempre me atualizando.” Finaliza o graduando em Odontologia.
Mas, mesmo optando por seguir um caminho que leva para além de Goiás, seja em outra cidade ou até em outro estado, a ligação emocional com a cidade é algo sempre citado por todos, demonstrando assim, o forte vínculo com o município.
Por João Pedro Felix
ASCOM CNN
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