
Devido a pandemia causada pelo COVID-19 e a necessidade de se evitar aglomerações, várias instituições de ensino tem optado continuar o ano letivo a distância, com aulas e materiais de apoio oferecidos pela internet. Entretanto, a realidade no país, sobretudo em cidades do interior, é que muitas crianças e adolescentes não possuem acesso a internet para conseguir realizar tal atividades, como no caso de Maira Brito Silva, uma estudante de 14 anos da cidade de Goiás que mora com a avó de 69 anos, Eva Rodrigues de Brito (pois a mãe vive na fazenda em que trabalha) e, de segunda a sexta-feira, passa pelo menos cinco horas na porta de casa para pegar a internet do vizinho e estudar, usando também o notebook que o colega empresta, já que a adolescente não tem. Ela afirmou que “Aqui em casa não tem internet. Eu fico pegando da casa do meu vizinho, que também é meu amigo. Mas isso se torna muito constrangedor, porque, apesar de ele ser meu amigo, eu estou lá para pegar internet”.
Maira cursa o 8º ano do Colégio Estadual da Polícia Militar João Augusto Perilo (CEPMG) e diariamente, das 13h às 18h, estuda na porta de casa. Segundo ela, a rotina está difícil devido tanto a falta de recursos como ao fato de que a escola está passando muitas atividades e muitas provas, “A escola está passando muitas atividades e, além das atividades, tem as provas, que são muitas e que realmente precisa de uma internet boa, senão o aplicativo não abre”.
A assessoria da Polícia Militar informou, em nota, que apenas teve conhecimento da situação após o contato com a imprensa e que vai tomar medidas de forma eficaz e imediata para que nenhum dos alunos passe por dificuldades no acesso às atividades.
A PM esclareceu ainda que a instituição "não medirá esforços para manter o padrão elevado de ensino, mesmo diante das dificuldades momentâneas pela qual atravessa o mundo".
Por Isadora Chaves
ASCOM - CNN
Info. G1 Goiás
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