Para onde caminha a humanidade - A Arte de Refletir com o Bispo Raimundo Aires

Para onde caminha a humanidade

Numa avaliação superficial, o mundo vai muito bem. Nunca se comprou tantos carros e jamais foi tão acessível andar de avião como nos últimos tempos. Condomínios fechados surgem a cada dia numa frenética disputa pela atenção de quem tem dinheiro e procura segurança, luxo e paz, mesmo que seja às custas de guardas e muros com cerca elétrica.

Faculdades brotam por todos os lados, e muita gente está fazendo a sua pós-graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado, se reciclando ao ritmo de um mundo pós-moderno.
Descobertas científicas animadoras e conquistas tecnológicas assombrosas! O que pode dar errado? É, parece que a humanidade encontrou mesmo o caminho da auto-suficiência, do crescimento sem limites! Neste momento fiz uma pausa para assistir a um noticiário.

Vejamos como anda o nosso mundo globalizado e ultra moderno.
Algumas manchetes:
* Acidente de trânsito - motorista perde o braço após colisão.
* O Presidente da Venezuela, Hugo Chaves, reaparece após tomar segunda dose de quimioterapia.
* Instabilidade financeira nas Bolsas de Valores de grandes e poderosas nações
* Repressão violenta na Síria, com mais de oitenta civis mortos.
* Homem de “bem” que realizava palestras para dependentes químicos é preso por ter violentado 13 meninas em vários estados brasileiros.
* Adolescente de quinze anos é raptada no caminho da escola, e até hoje está desaparecida.
* A Noruega lamentou os seus mortos e a perda da condição de um dos países mais
seguros do mundo.
* Imigrantes entram em conflito com a polícia na Itália.
*Radiação elevada no Japão.
* Finalmente uma notícia boa: Palhaços levam alegria aos internos de um hospital em determinada cidade brasileira.
Parece que teremos de mudar o tom de nossa reflexão e, humildemente, admitir que a humanidade não está com a bola toda como muitos pensam.

A verdade é que, como disse determinado escritor, “chegou o momento crítico em que, sem perda de tempo, com urgência nascida do desespero, a igreja cristã precisa proclamar a realidade de Deus e da lei moral, sem o que qualquer aparente reconstrução da civilização se patenteará como doloroso fracasso. Enquanto nossa civilização cuidar apenas de propriedades, trincheiras, muros, exclusividades, será ela objeto de zombaria, das desilusões. Nossas riquezas por-nos-ão enfermos; nosso riso será marcado pela amargura e nosso vinho queimará nossa boca”.

Assim, queridos leitores, com o coração cheio de desejo de que estas linhas nos tenham servido de um despertar para os valores espirituais, concluo com dois versículos das Sagradas Escrituras:
“Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento” (Eclesiastes 1:14);

“Respondeu Pedro: Senhor, para quem (ou onde) iremos? Tu tens as palavras de vida eterna”. (João 6.68).
Com um fraterno abraço

Raimundo Aires
Bispo da Igreja de Cristo de Goiás
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