A Cidade de Goiás registra 68 mortes de pessoas residentes no Município, em consequência da Covid-19 desde o início da pandemia no Brasil, dos 2.241 casos confirmados.
Foram registrados no boletim desta quinta-feira (30), dois casos de internação graves em UTIs. Um deles é o Padre Denis Divino da Silva, de 44 anos, Pároco da Igreja Santa Rita em Goiás. O Religioso procurou a Unidade Básica de Saúde depois de sentir uma coriza, após um encontro realizado na Cidade de Aparecida de Goiânia. Foi positivado na sexta-feira (24) e monitorado em seguida pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde em sua residência até terça (28), quando foi encaminhado para internação no Hospital São Pedro. Na quarta-feira (29), o sacerdote foi transferido a pedido dele mesmo, por conta do plano de saúde que tinha, para o Hospital Santa Marta em Goiânia. Logo após sua chegada no hospital na Capital, foi encaminhado para a UTI e na Madrugada de quinta-feira (30), foi entubado em estado grave.
A exemplo dos Párocos da Diocese de Goiás, da Igreja de Santa Rita e do Padre Wellington Pain da Silva, Pároco da Igreja de São Sebastião na Cidade de Itaguari, ao qual completa mais de 50 dias internado em estado grave na UTI do Hospital São Pedro, a pandemia do coronavírus (Covid 19), evidenciou as práticas consolidadas da medicina que se encontraram com a vanguarda da ciência. Onde o encontro de conhecimento, inovação e esforço do coletivo de profissionais de saúde e cientistas salvam, ou tentam salvar milhões de vidas.
Em meio a tragédia, mesmo em países a exemplo do Brasil, contaminados pelo negacionismo científico e tendo à frente uma nova doença, letal e extremamente contagiosa como o coronavírus, produziu, em tempo recorde, formas de curar a maioria dos(as) doentes.
Nunca na História se aprendeu e se produziu tanto em tão pouco tempo, é o que destaca o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, em matéria publicada na Agência O Globo em 2020. Ele lembra que a ciência brasileira desempenhou um papel fundamental na vida dos e das brasileiras.
“Em oito meses, a ciência fez uma revolução. Em janeiro de 2020, nada sabíamos sobre o Sars-CoV-2. E agora temos mais de 200 vacinas em desenvolvimento. Há vacinas de diferentes formas, estratégias inovadoras, tudo em tempo recorde. A ciência respondeu à urgência da sociedade e demonstrou como nunca ser essencial à Humanidade”.A tentativa de deslegitimar a ciência é nociva para a sociedade, principalmente nesse momento de crise sanitária. O Brasil possui vasta experiência no enfrentamento de epidemias, como em pesquisas e práticas relacionadas à Saúde Pública. Conforme evidencia uma das pioneiras no estudo da Covid-19 no Brasil e no mundo, a médica Patricia Rocco. “As epidemias estiveram na origem da criação de algumas importantes instituições, como o Instituto Butantã em São Paulo e da Fiocruz no Rio, criados para a produção de vacina e soro contra a peste bubônica, que chegou ao Brasil na virada do século 19 para o século 20”.

O negacionismo no Brasil tomou proporções grandiosas, manifestando-se na negação ou minimização da gravidade da doença, como relata Marcos Napolitano, professor do Programa de História Social da Universidade de São Paulo (USP). “As manifestações ao negacionismo foram muitas, como no boicote às medidas preventivas, na subnotificação dos dados epidemiológicos, na omissão de traçar estratégias nacionais de saúde, no incentivo a tratamentos sem validação científica e na tentativa de descredibilizar a vacina, entre outros exemplos. Se acentuando as incertezas, influenciando na adesão da população aos protocolos de prevenção, comprometendo a resposta do país à pandemia e ameaçando à democracia”.
O negacionismo vai além de um boato ou fake news, é um sistema de crenças que, nega o conhecimento científico, as evidências em pesquisas, o argumento lógico e tem uma rede organizada de desinformação. As evidências e os fatos entram em choque com valores ou crenças subjetivas, então o(a) negacionista seleciona uma narrativa alternativa para explicar a realidade. Ou seja, a coerência torna-se irrelevante.

O professor Marcos Napolitano acrescenta que a ignorância não é causa do negacionismo, mas sua consequência e fabricada propositalmente. “É uma construção articulada por pessoas que possuem altíssima informação e meios sofisticados de produzir comunicação e que constroem espaços seletivos, no qual grupos enormes de pessoas são expostas à desinformação”.

E essa realidade manifesta-se na cidade de Goiás, pois muitas pessoas ainda não se vacinaram e não seguem os protocolos sanitários de segurança. E o Secretário Municipal de Saúde Marcos Elias, faz um alerta: “o índice de infecção está baixando, porém, não se pode baixar a guarda diante dos cumprimentos dos protocolos, porque, da mesma forma que está baixando, a gente pode ter um índice alto de novos casos, um pico de crescimento e o surgimento de novas variantes, como é o caso da Delta. Então os protocolos de segurança continuam, eles não podem ser esquecidos, não podem ser deixados de lado. E, quem ainda não se vacinou acima de 18 anos, procure uma Unidade Básica de Saúde”.
Em relação às vacinas aplicadas em Goiás e o Boletim epidemiológico, os dados estão disponíveis no site da Prefeitura de Goiás: http://www.prefeituradegoias.go.gov.br/informes-sobre-o-combate-a-covid-19/
Texto: Ascom – Prefeitura Municipal de Goiás.
Fotos: Dagmar Talga/ Ascom – Prefeitura Municipal de Goiás.
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Fotos: Dagmar Talga/ Ascom – Prefeitura Municipal de Goiás.
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