A resposta a esta pergunta pode ser bastante subjetiva, uma vez que vários fatores podem nortear a questão em pauta.O próprio termo " valor " é bastante relativo e se faz presente em variados contextos e formas. Para descortinar um pouco o referido tema, pode-se dizer que fatores como: a autoria da obra, a técnica empregada, o histórico do artista, sua linguagem visual, ano de produção, dimensão; além do técnico, estético, histórico e cultural, ainda outros podem ser analisados e creditados. Assim, há um conjunto que pode determinar quão valiosa é uma obra.
Talvez daí venha para muitos o não entendimento, ou estranhamento, como já dito, do valor ou mesmo desvalor atribuídos a determinadas obras neste vasto universo das artes. Por exemplo, a obra Mona Lisa do italiano Leonardo da Vinci é bastante popular, mesmo entre os não amantes, apreciadores ou adeptos deste pictórico mundo artístico.
Mona Lisa ou La Gioconda, como sabido, se encontra exposta no Museu do Louvre, em Paris, e para surpresa de incontáveis espectadores, sua dimensão métrica é bastante reduzida, sua medida é de 77x53 centímetros, mas sua avaliação está na casa dos milhões. Durante muitos e muitos e muitos anos, esta pintura era mais uma obra-prima em meio a tantas outras no Museu. No ano de 1911 porém, um fato marcaria definitivamente a identidade de Mona Lisa, no referido, o quadro foi furtado. A indevida retirada só foi notada, muitas horas depois, segundo os relatos, sendo este recuperado dois anos após.
Neste meio tempo, um misto de fatos e boatos estamparam as manchetes, a nível mundial.
Leonardo foi indiscutivelmente um gênio ambulante, foi pintor, inventor, também engenheiro, botânico e muito mais. Realizou diversas obras-primas, certamente até mais analisáveis de que La Gioconda. Sim, naturalmente, não foi só pela expressiva forma e conteúdo, pela técnica do sfumato, pelo inovador paisagístico como pano de fundo para um retrato; ou pelo contido sorriso renascentista, que veio sua tenaz projeção.
Assim, em síntese, histórias e estórias vão se cristalizando ao longo dos tempos, algumas se craquelam, outras se tornam intactas nesta perspectiva linha do horizonte, que pode sim, determinar ou mesmo ressignificar o real valor de uma obra de arte. Daí talvez também todo encanto, desencanto, entre sonho e realidade, entre o material e o imaterial.
Por Marly Mendanha
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