Um olhar sobre a pandemia - ''Nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia...''


Já disse o poeta: -" Nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia ... " sim, não mesmo. Há mais de duzentos quilômetros por hora, o freio foi acionado, além de imediatos impactos, uma atenção mais que redobrada se fez urgentemente necessária.

A redução da velocidade nesta marcha do tempo, se tornou a ordem do dia, universalmente falando, independentemente de cultura, religião, ideologia ou diferenças mais. No entanto, em meio a tantas reflexões, questionamentos e introspecção, eis o encontro (ou desencontro) com o eu e com o outro. Assim o mundo se descortina, estampando um misto onde o supérfluo perde o sentido de essencial. Trava-se aí o início de um duelo, uma corrida pela sobrevivência, onde se urge também estabelecer novos olhares, novos valores e novos rumos, em especial sobre a quase invisível coletividade.

Desta forma, neste grande e complexo texto que se forma, há de se alinhar e combinar o eixo sintagmático ao paradigmático, onde termos como pandemia, família, política, educação, solidariedade, comunicação, empatia, economia, saúde e inovação, precisam dialogar entre si, de forma tenaz e atemporal.

Contudo, em meio a todo esse emaranhado, eis que a arte novamente nos surge como um dos recursos, com texto e pretexto, em variados estilos e vertentes, um fio condutor capaz de compor e recompor o ser humano, um viés capaz sim, de tornar mais leve a existência humana em situações diversas ou adversas. Além de cuidar do individual, pode agregar multidões, mesmo que de casa.

Mas,certamente como dito: "- Nada do que foi será, de novo, do jeito que já foi um dia". Não há como pensar em uma nova normalidade para um futuro próximo, ela já se faz , aqui e agora.

Texto e arte: Marly Mendanha
Por Gessy Chaves
Jornalista
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