Governador promoveu reunião, por videoconferência, com gestores das cidades mais impactadas pelo coronavírus, questionou excessos na flexibilização em algumas delas e assegurou apoio no tratamento dos pacientes. Procurador-geral de Justiça também frisou parceria para proteger os goianos.
Governador promoveu reunião, por videoconferência, com gestores das cidades mais impactadas pelo coronavírus, questionou excessos na flexibilização em algumas delas e assegurou apoio no tratamento dos pacientes. Procurador-geral de Justiça também frisou parceria para proteger os goianos
Por mais de quatro horas, o governador Ronaldo Caiado ouviu atentamente os prefeitos das cidades goianas em que a situação de contaminação pelo coronavírus é mais crítica e também os gestores dos municípios turísticos. A reunião foi realizada por videoconferência na noite desta segunda-feira (18/05) e pôde ser acompanhada pela imprensa e por internautas em tempo real. Foram mais de 200 mil visualizações.
“Preocupado com a situação das demandas das UTIs em Goiás, abri essa discussão com vocês e com todos os Poderes constituídos, líderes religiosos, empresários”, anunciou Caiado. “Esse inimigo invisível só é sentido no momento da perda de um familiar ou pessoa próxima e é exatamente contra isso que estamos lutando fortemente.”Ao ser questionado, o governador reafirmou a sua decisão de continuar a valer em Goiás o decreto governamental 9.653, de 19 de abril. Pela normativa, o Estado impôs protocolos rígidos para a reabertura gradual do comércio, mas, compartilhou a decisão sobre o que flexibilizar com as prefeituras, seguindo o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a definição é prerrogativa também dos municípios.
“O Estado se propõe a auxiliar os prefeitos naquilo que cada um entender que é o melhor para a população local, desde que tenham um plano de contingência e outro epidemiológico capazes de dar atenção aos pacientes contaminados”, assegurou Caiado, logo depois de fazer um breve histórico sobre o avanço da Covid-19 no Estado, a queda do índice de isolamento de 70% para 37%, e as medidas adotadas desde o dia 13 de março.
O decreto, em seu artigo 4º, dá autonomia aos municípios de flexibilizarem ou restringirem as medidas de isolamento social, baseado em “nota técnica da autoridade sanitária local, respaldada em avaliação de risco epidemiológico diário de ameaças (fatores como a incidência, mortalidade, letalidade etc) e vulnerabilidades (disponibilidades de testes, leitos com respiradores, recursos humanos e equipamento de proteção individual)”. Na hipótese de aumento de casos de infecção pela Covid-19, em quantidade capaz de colocar em risco a capacidade hospitalar da região, o Estado poderá intervir, adotando novas medidas de restrição.
Sendo assim, nas cidades cujos prefeitos decidiram manter o mesmo direcionamento do Estado, poderão ser realizados cultos e missas apenas aos domingos, e estar abertos comércios como salões de beleza e barbearia, serviços de lavajato, atividades de construção civil e mineração, além daqueles que são essenciais à vida e que nunca fecharam, como hospitais, farmácias e supermercados. Afirmaram estar nesse alinhamento com o Palácio das Esmeraldas, por exemplo, os líderes dos Executivos de Araçu, Aragarças, Alto Paraíso e de Goiânia, Iris Rezende.
“Com a ação do Estado e da Prefeitura de Goiânia, estamos conseguindo conter o avanço dessa doença, desse vírus, na capital. Estamos de mãos dadas, irmanados com o governo estadual”, ressaltou Iris, ao elogiar a postura ousada e corajosa do governador. Ele também lembrou que colocou à disposição dos pacientes contaminados 180 leitos de uma maternidade que estava prestes a ser inaugurada.
A proposta original de Caiado era restringir, a partir desta semana, o comércio em 32 cidades – as 24 com maior número de casos confirmados da Covid-19 e oito com potencial turístico, já que muitas pessoas têm confundido quarentena com férias. “Temos percebido, também, a contaminação entrando em Goiás pelos Estados do Norte, como Pará e Manaus, passando pelo Tocantins. Mas eu respeito a decisão dos prefeitos. Não existe decreto que funcione sem o compartilhamento de todos os entes federados. Não vou colocar algo se não tiver o engajamento da população e das autoridades locais”, finalizou.
Por Gessy Chaves
Jornalista MT/GO 3243
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