No exercício do meu sacerdócio, lido diariamente com as mais variadas situações, as quais me colocam diante da dor e fragilidade daqueles a quem procuro servir, nos quais vejo a mim mesmo, enquanto meus semelhantes.
Então, como fruto deste pensar, acabei rascunhando um pequeno poema, o qual transcrevo a seguir.
Quem se importa?É, amigos, importar-se com os outros custa caro. Amar é sacrificial, e compadecer-se está ficando fora de contexto, diante do individualismo reinante nestes novos tempos. Mas, quem se atreve a pagar este preço, acabará por descobrir que tem feito a semeadura de sua futura e talvez próxima colheita, e os passos pesados de quem nos ombros leva as cargas uns dos outros, acabarão experimentando a leveza dos caminhos suavizados pelas nuvens, por onde já transitavam os anjos de Deus.
Quem porventura se importa,
Se alguém sofre, e a dor já não suporta?
Quem, tempo de importar se teria,
Se poucas são as horas da noite,
E apressadas são as horas do dia.
De tão pouco se importar,
E de tão pouco tempo se ter,
Se desaprende de amar,
Se morre sem perceber.
Fé em Jesus Cristo , amor e serviço ao próximo, respeito ao sofrimento alheio, zelo pela criação, a casa comum que nos foi dada para dela cuidarmos, a qual servirá a nós e às gerações futuras, este é um caminho de excelência.
A todos um carinhoso abraço.
Raimundo Aires
Bispo da Igreja de Cristo de Goiás
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